Saudade é um registro fiel do passado. É a prova incontestável de tudo que vivemos e ficou impresso na alma. Ao confessarmos uma saudade, na verdade, estamos nos vangloriando de que, ao menos uma vez na vida, conhecemos pessoas e vivemos situações que foram boas, e serão eternas em nossa alma. Nutri-la, é alimentar o espírito e a própria existência.
Renato Russo escreveu em uma canção que é uma poesia: (Vento no Litoral) "dos nossos planos é que tenho mais saudade".
A palavra Saudade traz em si, diversos significados que podem ser interpretados de acordo com o contexto onde é aplicado. Sua origem encontra-se no Latim, Solitate, e se pesquisada, descobriremos que a conotação contemporânea distanciou-se da original. Saudade não mais se refere ao sentimento de solidão preservado em variações de línguas românicas como o espanhol: soledad e soledat.
Em 30 de janeiro celebra-se o "Dia da Saudade". Na gramática Saudade é substantivo abstrato, tão abstrato que só existe na língua portuguesa. Os outros idiomas têm dificuldade em traduzi-la ou atribuir-lhe um significado preciso: Te extraño (castelhano), J'ai regret (francês) e Ich vermisse dish (alemão). No idioma inglês encontramos várias tentativas: homesickness (equivalente a saudade de casa ou do país), longing e to miss (sentir falta de uma pessoa), e nostalgia (nostalgia do passado, da infância). Mas todas essas expressões estrangeiras não definem o que sentimos. São apenas tentativas de determinar esse sentimento que nós mesmos não sabemos exatamente o que é. Não é só um obstáculo ou uma incompatibilidade da linguagem, mas é principalmente uma característica cultural daqueles que falam a língua portuguesa.
E hoje, acordei com este sentimento... longing e to miss...simplesmente solitate...
Saudade não tem cor, mas pode ter cheiro. Não podemos ver nem tocar, mas sabemos o quanto é grande.
Lembrei de uma felicidade a muito esquecida! Momentos mágicos vividos que guardo em meu coração e estão marcados no fundo da minha alma...
Um encontro em um corredor qualquer... um olá...um olhar...encontros casuais... amigos incomuns...conversas aleatórias...e os dias passam e os encontros se tornam mais freqüentes...as conversas mais agradáveis e longas...gostos parecidos...interesses incomuns...
O pensamento viaja... e como magia em uma noite enluarada...os olhos se fecham...as bocas se unem...
Todos os encontros casuais se tornaram propositais... os beijos cada vez mais inebriantes, os abraços mais apertados e a vontade de estar juntos crescia e o inevitável aconteceu...o encontro de nossos corpos...sem medos e preconceitos apenas saciando o desejo a muito tempo contido .
Dia a dia vivíamos esta paixão... descobrimos o prazer em coisas simples...em caminhar pela areia...em deitar na grama...em observar o por do sol e contemplar a lua e as estrelas... aproveitando cada minuto juntos por mais breve que fosse...
A cada reencontro uma surpresa... em cada surpresa a felicidade...nem um dia era igual ao outro...
De repente... a distancia nos trouxe sofrimento...o querer sem poder ter...as dificuldades e os problemas de nossas vidas...foram nos afastando...a paixão precisou ser guardada em uma caixinha...um esperar que parecia não ter fim...promessas não compridas...o coração sangrava...mas o adeus parecia inevitável...os beijos cessaram...os braços se fecharam...
Fomos levados cada qual para um caminho... não tínhamos força mais para lutar contra as adversidades! E quando me dei conta... me encontrei na solidão... o coração despedaçado pela saudade...
O tempo é senhor... e traz o conforte...mas nunca o esquecimento...tento não pensar...mas não consigo...aprendi lidar com a ausência...mas não consigo deixar de amar!... vou vivendo...tentando buscar a felicidade...mas em muitos momentos como este agora! Penso em você e sinto muitas saudades dos momentos de pura magia que vivemos!
Neste exato momento toca a música de Bruno e Marrone
Onde você está?
Bruno e Marrone
Jairo Goes / Rivanil / Everton Matos